Para esta apresentação, cada um dos performers construiu a sua personagem/história, representada sob forma de movimento improvisado. A história de Gabriela Farinha, é a da tomada de consciência da morte, e como ela pode ser libertadora, por nos dar "consciência de sermos apenas e tão somente o nosso corpo, a nossa experiência, a nossa VIDA ..." (...) "O Universo assim como o futuro não são cognoscíveis... Nada do que fazemos ou porque lutamos, saberemos se se irá concretizar ou se conseguiremos mudar a ordem das coisas"...
Palavras tristes, sofridas, se assim as quisermos classificar, mas extremamente lúcidas... Pois foi precisamente a partir dessa tomada de consciência (e talvez da vontade de a negar, nem que seja de forma imaginária) que também eu desenvolvi alguns dos conceitos estéticos que experimento actualmente, na apresentação das minhas imagens. Desta forma, com/através delas, eu posso controlar/manipular o espaço e o tempo (quase) à minha vontade...
Nessa lógica, a sequência pela qual são apresentadas estas imagens, não respeita na sua montagem/sequência, as continuidades do espaço e do tempo do local/acontecimento, embora, como sempre faço, pretenda respeitar o espírito (ou se quisermos, o "corpo") do acontecimento que permitiu a sua realização.
Assim, apresento duas versões, uma estática e outra (quase) em movimento resultantes da conjugação entre imagens que obtive e a forma como interpretei/senti esta performance pública. Será então, esta a minha estória sobre as estórias ali apresentadas...
Ficha técnica
Coordenação: Ana Santos
Vídeo Documental: Bárbara Horta
Saxofone: Mathieu Ehrlacher
Alunos/Performers: André Mourão, Gabriela Farinha, Laura Almeida, Laura Lopes, Mathieu Ehrlacher, Ura
Design gráfico: Pedro Novo
Colaboração e agradecimentos: Bruno Novo, Jorge Nunes, graça Reis, Benvindo Fonseca, Susana Luíz, CCCTV, ACCCA