quarta-feira, julho 23

Auto-Biografia


O Percurso

João Paulo da Silva Barrinha nasceu em Cantanhede, Concelho de Coimbra, a 03/10/1964 e reside em Torres Vedras desde 1976.
Iniciou-se na fotografia por influência paterna, (no sentido de imitação) e após ter adquirido uma máquina fotográfica mecânica (Pentax Spotmatic II) em segunda mão, aos 18 anos, a meias com o irmão.

Após as primeiras experiências, (que pouco mais foram que cópias de exercícios que se podem encontrar em livros destinados à aprendizagem da fotografia), começa a despontar, ainda de forma muito incipiente, a necessidade de criar uma linguagem própria, subjectiva.

Aos 25 anos, e após longas fases de paragem nesse hobbie, seguidas de algumas outras mais criativas, mas limitadas pela disponibilidade financeira (sempre pequena) surge a oportunidade de realizar, para um jornal regional, uma pequena série de imagens ilustrativas da toxicodependência.
Foi nessa altura, que nasceu verdadeiramente o gosto pela fotografia. No entanto, devido às exigências da profissão de jornalista e repórter fotográfico, (profissão que abraçou por cinco anos), o seu “olhar” tornou-se mais objectivo.

Durante esse período, fez um curso de reportagem e outro de iluminação fotográfica no CENJOR. Frequentou igualmente, o curso de fotografia do AR.CO, até ao segundo ano (fase II). Ainda no que respeita a formação, frequentou igualmente pequenas acções de formação relativas à edição/manipulação de imagens, concretamente, no que respeita ao uso dos programas Photoshop e Flash. Actualmente, encontra-se inscrito no primeiro ano do curso de fotografia do Instituto politécnico de Tomar.

Essas foram, até agora, praticamente todas as frequências académicas que teve em fotografia, já que todo o seu percurso nessa área, tem sido essencialmente autodidacta.
Essa condição, aliada ás circunstâncias da sua vida, têm-lhe moldado os rumos que percorre, sendo que a procura estética que realiza, é igualmente uma procura por uma consciencialização pessoal.

Actualmente, e no que respeita à fotografia, colabora com Associações de carácter cultural, onde tem coordenado e monitorizado cursos, comissionado exposições e participado em projectos fotográficos colectivos. A par disso, desenvolve um projecto de investigação pessoal e de carácter experimental .

O Projecto
Este projecto não se limita exclusivamente à fotografia, embora nele, esta tenha um papel fundamental. Aqui procura-se usar a imaginação (no sentido de criação de imagens, muitas vezes imagens apenas mentais) como motor para a consciencialização de si mesmo e interacção pessoal com o espaço que o rodeia.

No que diz respeito às imagens fotografadas, elas poderão abordar qualquer tema. Sendo que, a procura é sempre por uma alternância ou fusão entre duas formas distintas de as obter: por um lado, a forma não intervencionista e objectiva, mais próxima da atitude jornalística. Por outro, o arranjo evidente e subjectivo da imagem.
Outra das características, é a criação de personagens, que poderão ou não ter correspondências intimas com o autor. Com elas, pretende-se contar histórias, levantar questões, ou simplesmente, estar. Ser.

A ser definido, este projecto seria como que um possível registo de vida em tempo real. Porque, é precisamente ao sabor da vida que ele deverá correr...
Funcionando num permanente feedback entre obra (nunca) acabada e tomada de consciência, como quem sobe uma escada imaginada (feita de imagens), este projecto será, ao mesmo tempo, o motor/resultado das investigações pessoais e vivências do seu mentor.

Nesse sentido, além de colaborações com autores de diversas áreas, assim como de algumas participações em fóruns de fotografia ou outros sites ligados à temática, este Blog faz igualmente parte do projecto, sendo aqui onde se pretende registar de forma mais ou menos evidente, mais ou menos regular, algumas dessas ideias e vivências, além de preocupações relacionadas com a imagem, seja essa imagem entendida como algo de material e palpável, ou como imagem mental, imaginação.

Como foi já dito, este é um projecto experimental... Experimental, porque se baseia no imaginar e incorporar de experiências.
Experimental igualmente, porque procura também uma libertação da objectividade da imagem, mas ao mesmo tempo, nunca negando totalmente essa mesma objectividade... Será assim, uma procura por uma imaterialidade, que se definirá, mais que pelas imagens, em parte pelo intervalo entre elas, já que, estas pouco mais serão que suportes para a verdadeira imagem procurada...
Para a emergência de ideias, para a imaginação...


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